Pessach: Aspectos didáticos (tradição e crença)
- ICE JG
- 17 de abr.
- 2 min de leitura

O Pessach, mais do que uma comemoração histórica, é uma celebração profundamente didática. Em sua essência, está a transmissão da fé, da esperança e da devoção ao Deus redentor que liberta Seu povo. A festa não apenas relembra o passado, mas projeta o futuro e forma corações no presente. Por isso, ela permanece indispensável à vida do povo de Deus, tanto no contexto de Israel como na Igreja de Cristo, enquanto aguardamos a plena redenção com o Messias. São três propósito basilares.
1. Educacional: Relembrar e ensinar os feitos do Senhor
Desde sua instituição, o Pessach foi moldado como um evento pedagógico. Deus ordenou que os pais ensinassem aos filhos o significado do sangue no umbral das portas, o livramento do Egito, a pressa do pão sem fermento, e a fidelidade do SENHOR (Êx 12.26-27). A cada geração, a narrativa da libertação é recontada como realidade vivida pela comunidade.
O ato de comer os elementos simbólicos - o cordeiro, as ervas amargas, o pão ázimo - e recontar a história não é apenas uma tradição ritual. É uma prática educacional que molda a identidade espiritual de cada geração, formando uma memória coletiva baseada nos atos poderosos de Deus. E, à luz do Messias, a Igreja também é chamada a relembrar e ensinar: “Cristo, nosso cordeiro pascal, foi sacrificado” (1Co 5.7).
2. Profético: Representar o Messias e esperançar na sua vinda
O Pessach também possui um caráter profético notável. O cordeiro sem defeito apontava para o Messias que viria. A libertação do Egito prefigurava uma libertação maior - do pecado e da morte. Ao participar do Pessach, o povo de Deus nutria uma esperança: a chegada do verdadeiro libertador.
Quando Jesus celebrou o Pessach com os discípulos, Ele revelou esse cumprimento: Ele era o Cordeiro. E ao dizer que não beberia novamente do fruto da videira “até que se cumpra no Reino de Deus” (Lc 22.16), Ele indicou que ainda há um aspecto futuro a ser completado. A celebração, portanto, continua sendo um ato profético - a Igreja celebra olhando para a cruz, mas também esperando a volta gloriosa do Messias.
3. Devocional: Reforçar a fé e anunciar o sacrifício do cordeiro
Por fim, o Pessach é profundamente devocional. Ele conduz à adoração, à consagração e à esperança viva. Ao lembrar do livramento de Deus e da morte substitutiva do cordeiro, os crentes renovam sua fé no Deus que salva. Com o cumprimento em Cristo, a celebração ganha ainda mais profundidade: é um tempo de apregoar o sacrifício do Messias e de proclamar sua vinda, como Paulo ensina em 1Coríntios 11.26: “anunciais a morte do Senhor até que Ele venha”.
Aspectos didáticos (tradição e crença)
Portanto, o Pessach não é apenas uma memória, mas uma escola de fé, uma proclamação profética e uma prática devocional. É um convite contínuo à fidelidade, enquanto o povo de Deus caminha em direção ao grande banquete no Reino eterno, ao lado do Cordeiro.
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