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Hoje, nosso guia de autoestudo o conduz ao exame da Escola de Sabedoria Antiga no período da monarquia. A leitura a seguir está relacionada ao conjunto de sabedoria do livro de Provérbios, e ao final você receberá alguns desafios relacionados à sabedoria do Saltério.

“A sabedoria é a coisa principal;

adquire, pois, a sabedoria,

e com tudo o que possuis adquire o entendimento.”
(Provérbios 4.7)

 

O livro de Provérbios nos convida a trilhar o caminho da sabedoria, cuja essência reside no temor ao Senhor. Essa sabedoria não é meramente um acúmulo de informações ou frases de efeito populares; é um conhecimento transmitido por gerações, construído sobre valores eternos, revelado na relação do ser humano com Deus e registrado para a posteridade.

A palavra hebraica “mishlei”, traduzida como "provérbios", aponta para ditos memoráveis, ensinamentos breves, porém profundos, destinados àqueles que temem ao Senhor. A sabedoria bíblica, portanto, é relacional: nasce da reverência e da comunhão com Deus e se manifesta em atos virtuosos.

A estrutura do livro é cuidadosamente organizada em sete coleções principais, atribuídas a sábios como Salomão, Agur, Lemuel e muitos outros autores. Embora diferentes vozes componham os provérbios, todas elas apontam para a mesma direção: viver de forma justa, sensata, bondosa e honrada, em contraste com a ignorância, a maldade e a soberba.

A sabedoria não é meramente intelectual; está ligada ao coração (lēb), à alma (nepeš) e ao espírito (rûaḥ). Refere-se ao homem interior, seus desejos, motivações e atitudes diante da vida e de Deus.

Temer a Deus é o princípio da sabedoria (Pv 1.7; 9.10). Esse temor não exclui o amor; pelo contrário, o aprofunda. Ele nos faz reconhecer a santidade de Deus e a nossa total dependência d’Ele. Como declara Jó 28.28: “Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.” O temor do Senhor é apresentado como fonte de vida, estabilidade e tesouro espiritual (Pv 14.27; Is 33.6). Quem teme a Deus encontra segurança, discernimento e propósito.

A verdadeira sabedoria nos convida à humildade: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv 3.5). A autossuficiência é um engano; o sábio reconhece que depende da direção divina. O orgulho fecha o coração para Deus, mas o temor o abre para a correção e para a cura (Pv 3.7-8).

A sabedoria se aprende. O livro chama o leitor a ouvir, buscar, clamar e estudar como quem procura um tesouro escondido (Pv 2.1-5). É pela tradição, pela observação, pela disciplina e pela comunhão com outros sábios que crescemos no entendimento.

Assim como o ouro se encontra com esforço, a sabedoria exige dedicação, atenção e reverência. Mas sua recompensa é gloriosa: vida, paz e conhecimento de Deus.

Você tem buscado a sabedoria como um tesouro precioso?

Como o temor do Senhor tem moldado suas decisões e atitudes?

O desafio para você é examinar o saltério e perceber como os poemas eram lúdicos no processo educacional e formativo para o filho da alinça.

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